No balanço das horas tudo pode mudar

Estive ontem no treino do São Paulo. Assisti a apresentação do novo reforço, o chileno/chinês da 25 de março Saavedra, e no final das atividades ganhei a revista oficial do clube do mês de Junho, a última que foi lançada. Muitos dizem que o futebol é dinâmico, e lendo a revista eu percebi que é mesmo.

Alguns detalhes interessantes. A foto da capa tem Washington, Borges e Dagoberto juntos. Só uma foto mesmo para unir estes três. Outras coisas me chamaram a atenção, mas nada me prendeu tanto quanto uma entrevista feita com Muricy Ramalho (ainda técnico do São Paulo).

Primeira pergunta da revista:

A dança dos técnicos continua a todo vapor. Qual o segredo para ficar três anos no mesmo clube?

A resposta de Muricy foi que ele segue as regras do clube, revela jogadores e ganha títulos. (É verdade, a diretoria também seguiu a regra, deu um pé nos fundilhos do treinador como todos outros clubes fazem).

A segunda pergunta era se uma proposta milionária tiraria o técnico do São Paulo.

Muricy respondeu que o clube confiava nele, pois ele sempre cumpre o que assina. (quem não cumpriu foi a diretoria).

Uma outra questão feita pela revista foi sobre trabalhar com o Juvenal Juvêncio.

O treinador respondeu que sempre teve apoio total do homem forte do tricolor. (Coitado, se ele soubesse a armadilha que ele ia cair).

A revista tenta de toda forma mostrar união do grupo, mas todo mundo sabe que não é bem assim que acontece.

É isso aí, como diria um amigo, no balanço das horas tudo pode mudar. E como muda.