segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um Pouco de Mim



Nasci em uma família que ama rádio (como ouvinte), desde muito cedo escuto esta caixinha de emoções. Também adorava observar um vizinho ouvindo seu radinho a pilha, sempre tive vontade de ter um. Acabei ganhando quando completei 11 anos. Lembro até hoje, ouvia as notícias bem baixinho e saia correndo pra contar, era quase um repórter plantonista. Cresci ouvindo rádio, principalmente o AM, muito da minha formação, da minha cultura e do meu entendimento do mundo, foi por causa do rádio. Vários e vários nomes do mundo radiofônico foram meus mestres.


Sempre mantive o sonho de trabalhar falando ao microfone (quando criança tinha alguns de brinquedo), e cresci alimentando essa vontade, este desejo. Ouvia rádio o dia inteiro, era mais que um vício, era amor. Lembro que eu pegava o ônibus e ia até Santo André, na Rádio ABC, adorava assistir os locutores trabalhando, e adorava perguntar se eu também poderia ser um funcionário da rádio. Em uma dessas visitas, um atendente da emissora teve que sair mais cedo, e eu me ofereci para atender telefone no seu lugar. Que emoção, que alegria, aquele dia foi inesquecível.
O tempo passou, acabei indo trabalhar em outras coisas, mas sempre acompanhando todas as rádios. Participava de tudo, ligava o dia inteiro e consequentemente ganhava muitos brindes.

Muitas emissoras realizam programas em lugares alternativos, saem dos estúdios e vão para as ruas, e claro, eu sempre estava lá. Um dia, mais precisamente 25 de janeiro de 2004, aniversário da cidade de São Paulo, fui ao Pátio do Colégio, no centro da capital, nele estava sendo realizado um programa da Rádio CBN, apresentado pelo jornalista Milton Jung. Durante a “festa”, conheci um pessoal bem bacana, alunos da Radioficina, escola de rádio localizada no Cambuci. Já em casa, contei o ocorrido para minha mãe, que me deu uma ótima notícia, ela ia pagar um curso de locução pra mim (só um detalhe, eu não tinha dinheiro e muito menos ela, fizemos alguns milagres e pagamos tudo). No outro dia, logo cedo, eu já estava na porta da escola. Fiz minha inscrição, paguei a matrícula, estudei, passei em todas as matérias (sem recuperação), e modéstia a parte fui um dos melhores da sala. Durante este período, apresentei dois programas ao lado de colegas, na rádio web da escola.
Quando conclui o curso precisava de um emprego, algo que não era e que não é fácil. Fui em todas rádios, levei CD com gravações, currículos, tudo, mas não obtive resultados, acabei chorando na escadaria da Fundação Cásper Líbero (Gazeta). Como já disse anteriormente, eu participava de todos os programas, mandava cartas, e-mails, telefonemas, mensagens, enfim, era um ouvinte assíduo, e por isso, certo dia, Lélio Teixeira, do Na Geral, da Rádio Bandeirantes, me indicou para a 105 FM, para trabalhar na equipe de esportes. Acabei conseguindo realizar meu sonho, no dia 23 de abril de 2005 fiz a minha estreia no rádio, e no dia 25 de junho de 2005, fiz meu primeiro jogo no estádio. Hoje sou feliz, vivo um sonho e não quero acordar dele.
Em 2007 entrei na UNINOVE para estudar jornalismo, completei o curso (sem DP) em 2010. Hoje sou feliz.

3 comentários:

Guz disse...

Parabéns, Torva!

Anônimo disse...

"Nasci em uma família que ama rádio (como ouvinte), desde muito cedo escuto esta caixinha de emoções. Também adorava observar um vizinho ouvindo seu radinho a pilha, sempre tive vontade de ter um. Acabei ganhando quando completei 11 anos. Lembro até hoje, ouvia as notícias bem baixinho e saia correndo pra contar, era quase um repórter plantonista. Cresci ouvindo rádio, principalmente o AM, muito da minha formação, da minha cultura e do meu entendimento do mundo, foi por causa do rádio. Vários e vários nomes do mundo radiofônico foram meus mestres."


". . . certo dia, Lélio Teixeira, do Na Geral, da Rádio Bandeirantes, me indicou para a 105 FM, para trabalhar na equipe de esportes. Acabei conseguindo realizar meu sonho, no dia 23 de abril de 2005 fiz a minha estreia no rádio, e no dia 25 de junho de 2005, fiz meu primeiro jogo no estádio. Hoje sou feliz, vivo um sonho e não quero acordar dele."

"Identidade" . . . Um "anônimo" falando isso aqui?! "Legal"! Tá em falta hoje em dia . . . "Ouvindo vocês desde 2006" (105 FM Futebol Club), mais especificamente você, Torvano, é bom saber que tua primeira experiência praticamente foi iniciada na 105 FM. Sinceramente não parece, pelo profissional que é; então parabéns pelo "dom", "muito bom"! Por esta história bacana, teria como nos enviar alguns links de "suas estréias"? Certamente "teríamos" muitas curiosidades, isto depois destes 6/7 anos acompanhando teu trabalho e o da equipe. Deve ter sido tamanha a tua decepção com o futebol neste período, mas muito interssante e gratificante o teu trabalho como repórter esportivo. O que mudou de lá pra cá, pra melhor e para pior? E as "cornetagens", como vão? Abraços!

Regis disse...

Agora ja sei sua radio, enfim! Ganhou um ouvinte. E parabens Pela historia, bons exmplos devem ser compartilhados.